"Se o ensino é superior, a pessoa que o abraça é digna de respeito. Assim sendo, desprezar essa pessoa é o mesmo que desprezar o próprio ensino. Isto é comparável a atitude de censurar uma criança, cujo ato é ao mesmo tempo uma censura aos pais. "
( Nitiren Daishonin )

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quinta-feira, 9 de agosto de 2012


O poema de hoje chama-se ODE A MANAUS. Nele vocês poderão sentir um pouco do que nós chamamos de #ORGULHO MANAURA#
Boa leitura!!
Ode adocicada para Manaus no paladar da Paixão
Para Jefferson Peres

O mar da minha aldeia é doce e calmo
segue sempre sereno sem sentir
os ventos vagarosos
as chuvas de garoa

a minha aldeia é mar em calmaria
surge em silencio quando o sol soluça
janelas de mormaço
em corpos açoitando

a calmaria é brisa de palavras
edulcorada cana em cantoria
na rebuçada aldeia
zumbido som de abelhhas

 tempo em minha aldeia nunca passa
e passa em oblação nas agua negras
mas nunca de ajoelha
entanto se perdoa.


 II
O travo das aguas no sentido da paixão

Para José Seráfico

O mar da minha aldeia é doce e calmo
mas se alimenta no sal dos meus olhos.
Não é azul e reza em negro salmo
quando essas águas tragam o fumo eólico

as almas que o conhecem palmo a palmo
sabem do escasso peixe em seu espólio
ah, várzeas alagadas! Onda e espasmo
nessas barrigas d’agua-promontórios

crianças se alimentam dessa argila
em cuias de chibé de mandioca
farinha de um maná que a fé ventila

do barro vem barroca que se espoca
na lama de uma origem que destila
febres palustres, fome que se estoca.

III
Águas da saudade
Para Dirson da Costa que o musicou

Sou apenas um homem na paisagem
na tarde de silencio e de mormaço
só vento me anima na passagem
deixando no seu rosto meu compasso.

Sou apenas um poeta na viagem
olhando pelo olhar dos  olhos baços
a distancia que abriga vaga margem
das águas da saudade nos meus passos.

Bem que me quis esta vila que me habita,
e bem me dei de encantos nos seus becos.
Contudo, não cantei sua desdita.

Dessa Manaus distante, restam crespas
pegadas, chão de rugas; minha pista
banhada em banzeiros do Rio Negro.


IV
Abaixo-assinado de amor a Manaus

Para Serafin Corrêa ( ex-prefeito de Manaus - Nota da Blogueira )

Toda cidade se habita
Como lugar de viver
Só Manaus é diferente
Pois em vez de morar nela
Ela é que mora na gente.

Queria esse privilégio
(ciúme comum de amante)
Sem dividir com ninguém.

Mas além dos seus encantos
Descobri que é generosa
Na morada, em seu abrigo
Nos mimos de seus mistérios
Há lugares para todos.

Aí se faz diferente
uma cidade de muitos
de bem-querer singular
levada pelo Rio Negro
nas suas águas lavando
um caso de amor plural.

Por isso além do poeta
A paixão vai assinada
Na firma de muitos nomes
E de outros enamorados
Seus amantes habitantes.


Marcinh♥

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